sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Banal

Banal é o amor sem amar
Banal é o belo sem admirar
Banal é o mar na rocha rebentar
Sem ter a praia onde possa espraiar

Banal é a lua não clarear
É o sol frio não esquentar
É o homem não saber acariciar
É a mulher só querer rejeitar

Banal é banalizar o natural
Na vida praticando só o mal
Sem condição de pertencer ao universal

Valorize o amor na forma de amar
Crie do nada um ideal
Vivendo a vida para realizar.

Livro N° 37

2 comentários:

Anônimo disse...

maravilhoso esse verso...
"Valorize o amor na forma de amar
Crie do nada um ideal
Vivendo a vida para realizar."
O Senhor finaliza arrasando, esta perfeito, só é muito triste saber que hoje essas palavras são tão mal usadas pelo ser humano. Não se sente amor como antes , não se fala mais de amor e nem tão pouco se busca e se valoriza um amor puro e verdadeiro.
As pessoas precisam banalizar menos as coisas e aprender a valorizar o que de fato importa nessa vida!!
abraços.
Letícia-PR

Unknown disse...

Vô,
Que poesia linda!!!!
Numa época de tanta banalização e desprezo aos sentimentos verdadeiros, o senhor escreve soberanamente sobre a arte de amar!
Beijão