Como é bom dar, nos sentimos responsáveis, compenetrados, experientes e muitas coisas mais, como é difícil segui-los, compreende-los, achar necessários, pois chegou a hora. Destas dificuldades surge um belo dito “faça o que eu digo, mas não o que eu faço.”
Os impulsos provocados pelos instintos, tem uma força muito maior daí, a necessidade premente de estar presente acompanhando as companhias, atento as modificações que sofrem, diferenciado as que fazem parte das idades das que são injetadas aproveitando-se de períodos mais receptivos.
Concordo sempre com as pessoas amigas que lêem meu blog, por isto cito uma das ultimas quando diz que uma das coisas mais difíceis é “viver”.
De fato é mesmo, em cada prazer mora uma conseqüência boa ou ruim e nós só podemos opinar depois de sentir.
A versatilidade do nosso ser é acompanhada pela maneira de sentir, de opinar, o que é comum para uns para outros é raro, quando não desconhecido. Estou ficando muito saidinho, os culpados são vocês!!!
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
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Um comentário:
Quanto mais vivo, mais me convenço de que viver é a possibilidade de se aprender a compreender e a enfrentar conflitos. Vida é conflito, e conflito não quer dizer briga, como se diz. Conflito é luta consigo mesmo.
O que tem solução não é conflito: é problema, impasse. O conflito é um complexo de conteúdos, que perduram além e adiante da solução, e que aumentam tanto quando há, como quando não há solução.
O conflito é, pois, um enigma existencial! Nunca tem resposta total, por isso vida é drama.
Drama é se viver na impossibilidade de solucionar a maioria dos conflitos que nos cercam. O mito é o material interno do conflito, a lavrar-lhe no íntimo, impossível de apreensão ou compreensão plenas.
Não há, pois, solução - a não ser parcial - para os conflitos. A vida é a sucessão deles e quanto mais o ser consiga a contrição e a auto-reflexão, iluminar-se-á em cada fase e se enriquecerá de dúvida, de impasse e de suplício, transformando sua existência numa luta rica.
Compreender a dificuldade e a impossibilidade de plenitude em qualquer resposta é descobrir o caminho da existência madura, forte, porque capaz de enfrentar a certeza de que vida é drama e suplício (não no sentido de sofrimento ou martírio, mas de trabalho existencial e tarefa de conviver com o conflito).
Fazê-lo (ao conflito) parte do ser é única maneira de minimizar seus efeitos e enriquecer-se com suas verdades contraditórias.
É da capacidade de enfrentar todas as dores da verdade que fazemos a "corrente sem elos" de nosso amadurecimento, o que não quer dizer que solucionamos nossos conflitos e, sim, que temos a coragem de neles mergulhar para melhorarmos, doendo. ao mesmo tempo em que descobrindo as felicidades possíveis.
abs.
Antônio M.
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