Tamandaré – VI

Cheguei de Tamandaré ontem a tarde, vi o mar em sua majestade, a lua de quarto crescente ainda escondia toda a sua beleza.
Notei nas diferenças de idade os valores modificados enquanto admirava o galo cantar, os passarinhos regorjearem, a brisa acariciar, os rapazes acima de 18 anos, deleitavam-se quando viam as moças a saia levantar.
Diferenças que as idades fazem sem serem muito observadas, mas falam alto das realidades.
Em tempos passados, nem era possível tais comparações, pois, além das saias compridas havia uma sob saia que já em meus tempos chamavam combinação.
Nas roupas de banho, nem quero falar, além de uma saia na altura dos joelhos, vinham calças até ao meio da perna, e já as moças brigavam por menos 5 cm nas alturas. Sinal dos tempos, hoje nem vemos o V8, mais atrevidos pois entram em cada polpa deixando-as visíveis, enquanto os galos nas cidades nem cantam, em troca os roncos das motos e o barulho dos ônibus estrondam a noite inteira.