terça-feira, 18 de novembro de 2008

Precocidade

Há pessoas que não tiveram mocidade
As responsabilidades e os afazeres foram trocados
Nem por isto afetaram o humor
E diminuíram o valor da vida...

A transferência valeu um ganho
Que muitos não experimentaram
Amor de mãe, amor de marido
Merecido ou não, não importa

É a vida com toda sua realeza
É a vida com todas as suas surpresas
É a vida com seu amor compreendido
Tanta precocidade que as vezes evita (sem ser Peron) outras dificuldades
Tão encontradas neste mundo de meu Deus...

Um comentário:

Anônimo disse...

é Sr. Moacir hoje não é o meu dia de deixar um texto, mas esse verso do Sr. me inspirou a criar um e gostaria de deixar registrado. a precocidade dos dias atuais me intriga demais.
Essa geração a qual denomino geração fast-food tem como uma de suas marcas a precocidade infantil. A cada ano que passa, as crianças desse novo tempo vem abandonando praticas da meninice em detrimento de uma maturidade abstrata e superficial. No afã da maturação, muitas vezes incentivados por seus pais, tais crianças, cedo, param de brincar de boneca, de botão, de bola, de pique, e outras coisas mais.
É claro e notório que o lúdico, a fantasia, e as brincadeiras possuem um papel fundamental no desenvolvimento da psique humana. Na verdade, os momentos em que as crianças passam se divertindo brincando umas com as outras, contribuem para se desenvolverem tanto emocionalmente como intelectualmente.
Infelizmente a mídia tem tido um papel absolutamente desagregador em nossa sociedade, desconstruindo assim valores indispensáveis à saúde humana.
É inegável que os meios de comunicação ao longo dos anos imprimiram cada vez mais em nossas crianças a aceleração do descobrimento e afloramento precoce da sensualidade e sexualidade. Basta repararmos nas meninas que cada vez mais cedo, abandonam a brincadeira de boneca em detrimento do namoro com um menino. Em contra-partida ao focarmos na garotada logo percebemos que as brincadeiras saudáveis cederam lugar aos vídeos games e jogos eletrônicos que corroboram para o adoecimento da mente e do corpo.
Criança tem que ser criança! Viver o lúdico, a fantasia, desfrutar do riso, da alegria. Até porque, quando isso não acontece, a criança emocionalmente adoece.
Acredito que os pais possuem papel fundamental no resgate de valores da moralidade. E para tanto é indispensável que entendamos que a televisão foi feita para entretenimento do povo e não para ser babá eletrônica de nossos filhos. É imperativo e necessário também que entendamos que queimar etapas em vez de significar promoção social, representa regressão emocional para muitos de nossos infantes.
A vida é bela, e deve ser vivida momento a momento. Criança deve ser criança, até porque é sendo criança, vivendo como criança, não queimando etapas, nem tampouco ultrapassando os limites naturais da vida que poderão no futuro construir um mundo melhor.
abs.
Antônio M.