Reage, povo

A natureza esta brava;
Me acordou de madrugada;
O vento soprava, o vento uivava;
Na cama só embolava e pensava;
A humanidade cada dia desesperançava mais;
Numa agonia a espera de bonança e paz;
Lutando como louca e cada vez mais;
Para conseguir o pão que já nem satisfaz;
É hora de reagir, é hora de mudar;
Se quiserem continuar dessa vida desfrutar;
Tratem de se agrupar, tratem de se organizar;
Acabando este tabu das minorias comandar;
Não é possível que tanta gente;
Não forme um contingente forte e independente;
Capaz de acabar com a brutalidade dessas mentes;
Que só vivem de explorar o povo quase demente;
Em matéria de pouca vergonha;
Em matéria de corrupção;
Nunca tantos foram roubados;
Por tão poucos ladrões descarados;
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Moacir Carneiro Leão, Livro Universo Interior, Recife 1991