Belezas do mundo

Nas belezas do mundo vi maravilhas
Da natureza, das artes, das criações
No espírito dos homens muita coisa brilha
No intimo dos homens há muitas ilhas

O mundo e o homem se assemelham,
Nas suas belezas, nas suas maravilhas,
Nos abismos se encontram, nas explicações se perdem,
Nos mistérios se parecem, se misturam.

Nas adversidades, se desintegram, se ionizam
Nas amenidades, se aglutinam, se polarizam.
No mundo dos sonhos, os mundos são lindos
Seria tão lindo, que o mundo fosse um sonho.

Um sonho lindo de criança pura,
Que não conheceu ainda a desventura
Dos homens sem brilho, dos mundos escuros,
Que os tempos nos mostram, sem nenhuma candura.

Infinito, quase uma definição do universo,
Quase infinitos os instintos, nos íntimos dos homens
Homens perdidos, pesquisando universos,
Universos nos homens, quase desconhecidos.

Nestes contrastes de mundos e homens,
Existem desarmonias guardando proporções.
Das excepcionais forças cósmicas Com as minúsculas fraquezas humanas.
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Moacir Carneiro Leão, Livro Universo Interior, Recife 1991