quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Soltando a imaginação...

Passeando pelo infinito, encontrei a imaginação, trocando idéias sobre coisas que não sabemos ainda onde cientistas interessados aprofundam-se formando teorias que vão ser estudadas comprovadas ou não pelo tempo.
Mais à frente, continuando o passeio encontrei a mesma imaginação conversando com o mesmo desconhecimento pelo que pode ouvir era sobre corpo e alma, despertando a minha curiosidade e aumentando as minhas duvidas, Deus já existia, por que como criador e autor era responsável por tudo, inclusive a imaginação e claro desconhecia o desconhecido foi quando apercebi-me de uma parte importantíssima de seu trabalho, ficando com as mesma duvidas. Seria ele quem fazia cada alma diferente para viver em cada corpo? E depois da morte prestar contas pelos erros cometidos. Corpo e alma somos nós mesmos, muitas vezes um contrariando o outro, estou querendo acreditar que as coisas boas, vem de Deus e as do corpo de quem viria? Se foi ele quem fez a sua imagem.
Às vezes invejo a matemática que procura explicar tudo a frieza de seus números!! Como sou um simples mortal vou enchendo-me de duvidas cada vez mais.

Um comentário:

Anônimo disse...

O dualismo corpo-alma tem uma origem mais filosófica que religiosa. No entanto, a tradição cristã incorporou este dualismo substancial na explicação da criação do ser humano e da sua natureza. A posição da Igreja Católica expressa em documentos conciliares e pontifícios consagra este dualismo ontológico. Precisaremos dele hoje?
O conceito substancialista de alma parece permitir-nos responder a três questões fundamentais sobre o ser humano:
1. O que dá vida a um mero conjunto de células dando-lhes a forma de corpo humano?
2. O que distingue os seres humanos dos outros animais?
3. O que permite acreditar na imortalidade?
Quanto à primeira questão, ela não se coloca nos nossos dias. A biologia dá-nos uma explicação suficiente dos mecanismos biológicos que tornam possível o nascimento dos corpos biológicos humanos e a sua persistência até à morte. O que dá forma humana ao corpo biológico é a experiência da relação interpessoal que se inicia logo no momento da concepção de um novo ser. Este carácter relacional do ser humano explica melhor a forma humana do seu corpo do que a infusão no momento da concepção de uma alma espiritual no substrato biológico concebido por um casal. O dualismo substancial enfrenta problemas de difícil solução e as tentativas de o salvar esbarram com dificuldades sem solução. Hoje há a tendência entre os filósofos e os teólogos cristãos de afirmarem a unidade de corpo e alma. Mas esta unidade ou é indissolúvel ou não. Se é indissolúvel, ao desfazer-se em cinza o corpo, deverá igualmente desfazer-se em cinza a alma. Se no momento da morte o corpo se desfaz mas não a alma, voltamos ao dualismo substancial que se pretendia superar.
Quanto à segunda questão, o conceito substancial de uma alma espiritual parece proporcionar uma resposta fácil. O ser humano é dotado de uma alma espiritual que o torna diferente dos outros animais. Para além de alguma confusão terminológica –‘espírito’ parece identificar-se com ‘alma espiritual’, por exemplo -, esta solução enfrenta todas as dificuldades já atrás referidas. O que nos faz diferentes dos outros animais não poderá ser a qualidade das relações interpessoais e o seu carácter constitutivo do humano enquanto humano?
Finalmente, no que se refere à terceira questão, é ainda o carácter relacional do ser humano que o torna capaz de imortalidade. É a relação com um Deus imortal que assegura aos seres humanos a imortalidade. Neste sentido, não é necessária a existência no ser humano de uma substância espiritual.
Conclusão: o dualismo corpo-alma torna-se fundamental numa concepção substancialista do ser humano, mas não numa concepção relacional.
Antônio M.