terça-feira, 2 de dezembro de 2008

“...ser ou não ser...”

Palavras de um grande sábio
Sem acrescentar nada ao saber
Apenas aumentando as duvidas
Se “é ” ou se “não é...”

Como a inspiração deste soneto
No querer saber dominando o ignorar
Será que é melhor assim como está
Ou ouvindo música num coreto

Ser ou estar, é a questão
De quase todas as discussões
Onde reside as razões...

Dos porquês existimos
De onde viemos
Para onde vamos....

2 comentários:

Anônimo disse...

A famosa frase Ser ou não ser, eis a questão (no original, To be or not to be, that's the question) vem da peça A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare. Encontra-se no Ato III, Cena I e é frequentemente usada como um fundo filosófico profundo. Sem dúvida alguma, é uma das mais famosas frases da literatura mundial. O verso, citado pelo personagem principal Hamlet, é o seguinte:

“ Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e setas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provocações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir... é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor.
Dormir... Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:
Pois quando livres do tumulto da existência,
No repouso da morte o sonho que tenhamos
Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita
Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.
Quem sofreria os relhos e a irrisão do mundo,
O agravo do opressor, a afronta do orgulhoso,
Toda a lancinação do mal-prezado amor,
A insolência oficial, as dilações da lei,
Os doestos que dos nulos têm de suportar
O mérito paciente, quem o sofreria,
Quando alcançasse a mais perfeita quitação
Com a ponta de um punhal? Quem levaria fardos,
Gemendo e suando sob a vida fatigante,
Se o receio de alguma coisa após a morte,
–Essa região desconhecida cujas raias
Jamais viajante algum atravessou de volta –
Não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?
O pensamento assim nos acovarda, e assim
É que se cobre a tez normal da decisão
Com o tom pálido e enfermo da melancolia;
E desde que nos prendam tais cogitações,
Empresas de alto escopo e que bem alto planam
Desviam-se de rumo e cessam até mesmo
De se chamar ação.[1]
(...)


Na imaginação popular a fala é pronunciada por Hamlet segurando uma caveira, embora as duas ações estejam longes de si no texto da peça. Também é importante observar que o príncipe não está sozinho no palco: Ofélia, Polônio e o Rei estão escondidos. Há ainda a dúvida debatida por editores de edições diversas sobre o fato de Hamlet ver ou não o Rei e Polônio. Caso ele realmente tenha visto, talvez tenha pronunciado indiretas através de suas metáforas.

Antônio M.

Anônimo disse...

Realmente Sr. Moacir são palavras de grande peso na nossa literatura e que possui um grande significado para muitos. adorei o seu poema, muito bonito! parabéns!
Letícia