terça-feira, 23 de junho de 2009

Ser Mãe...

Que sensação, que privilégio, que responsabilidade, que alergria, que recompensa por tudo em troca de ser mulher.
Não acredito que existam muitas que não aceitam ser mães. Acho o suficiente para definir suas pretensões e seu péssimo carater.
Ser mãe é um dos maiores dotes recebidos, em troca um dos amores mais perfeitos, é o amor e respeito que recebem.
As virtudes exigidas para se dizer mãe são tantas que nem atrevo-me enumerar.
Diz um velho dito: "Que ser mãe é desdobrar fibra por fibra o coração" acrescentaria função por função da alma. Nesta sublimadade que é ser mãe, ergo uma prece que sejam todas felizes e que Deus sempre olhe por elas.
Lamento muitas vezes precisar de um pai, bem que poderiam ser mães sózinhas...
Precisamos arranjar algum predicado que nos enalteça porque ser pai só é muito pouco...

5 comentários:

Anônimo disse...

O Sr. agora disse pouco e certo só quem é mãe realmente sabe o que é este amor, diferente, sem cobrança,puro só desejando a felicidade na verdadeira expressão da palavra.
Bel, Bom São João

Anônimo disse...

Mãe tres letrinhas magicas que tem um valor infinito.

Laura disse...

Mãe é inteira e para toda hora,sempre arranja um jeito de minimizar, os erros dos filhos por mais grave que eles sejam. Eles sempre serão seus pimpolhos.
Laura

Mauro disse...

Por mais que se tente definir nunca consiguiremos chegar perto, nem tão pouco entender ,esse amor que nunca acaba, só cresce independente do que seja feito e das atitudes tomadas.

Anônimo disse...

No começo do século passado o poeta maranhense Coelho Neto escreveu o poema "Ser mãe", um clássico de todas as mães de então. "Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada! Ser mãe é padecer num paraíso!". De lá para cá, as mães mudaram porque o mundo mudou. Aquela mãe doméstica, mal colocada na escala da sociedade, já não padece no paraíso por ser mãe. Nos anos 70, a mãe precisou sair de casa para trabalhar. O Brasil entrava na era do consumo com a invenção do crediário, e os lares precisavam de tudo: geladeira, fogão, lavadora de roupa, panelas de alumínio, liquidificador, telefone, sofá, carro, etc. etc. Era o Brasil rural virando Brasil urbano!
A filharada ficou em casa com algum parente mais velho e as mães encheram o mercado mudando os métodos do trabalho. As universidades se encheram de moças em busca dos degraus que o mercado de trabalho aquecido precisava. E elas tomaram espaços crescentes. Passaram a se casar mais tarde, a pílula lhes permitiu ter a liberdade sexual que suas mães não tiveram, e assumiram escolhas complexas para a nova vida feminina no país. Mas a nova mulher não desistiu de ser mãe. Só não pode mais ter 10 filhos como a sua mãe. Tem um ou dois, no máximo, e tanta conciliar carreira, trabalho, família e conviver com os filhos.
Isso tudo, as mães do século 21 já não padecem no paraíso do poeta. Deixaram o fogão, a cozinha, o tanque de lavar roupa e a pouca expressão social, mas perderam junto os filhos. Perderam para quem? perguntaria o leitor. Perderam para a televisão inicialmente, depois para o CD, para o DVD, para o celular, para o orkut, para o MSN, para o twitter, para a internet, para o shopping Center, para os grupos de amigos e até para uma sofrida escola. Os filhos buscaram fora da mãe o paraíso que elas próprias tiveram num colo aconchegante que já não existe mais. A antiga "professorinha que ensinava o bê-a-bá", da canção popular, também perdeu os seus filhos e vive o mesmo inferno de todas as mães.
De repente, em busca do seu projeto de vida, a mãe perde o eterno marido do casamento construído em cima do "não separe o homem o que Deus uniu", e restam-lhe filhos voando como pássaros contra a luz sob a sua responsabilidade afetiva e financeira.
Hoje, muitas jovens mães sonham com a mãe da sua infância, aconchegante, acolhedora e atenta aos sonhos dos filhos, substituindo neles as próprias frustrações. Mesmo assim, o cheirinho de comida quentinha da mãe tradicional, que elas já não sabem mais fazer, porque detestam a cozinha, o chazinho para a cólica, a sopinha durante a dorzinha de barriga, já não existem. E elas nem conhecem mais as plantinhas daqueles chazinhos maravilhosos. As jovens mães têm pouco para ensinar aos filhos. Desaprenderam tanto, à custa de buscar, de terem opções de vida menos sofridas.
Como suas mães, "padecem num paraíso". Mas são paraísos diferentes. Aquelas sofriam em silêncio a solidão da maternidade. Essas, padecem a solidão de viverem uma vida intensa dentro da qual os filhos não ajudam muito. Como o poeta Coelho Neto descreveria o paraíso de hoje. Talvez dissesse apenas: "Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!"

Antônio M.