Nos verdejantes campos
A ilusão encanta
Tudo verde, tudo bonito
Porém alimento na lavoura nada
As chuvas insuficientes
Tem poder para eclodir sementes
Nativas que cobrem a terra ilusoriamente
É a seca verde que alegra e desencanta
Nordestino, sofrido, faminto, conformado
Crendo que tudo está na vontade de Deus
Sendo uma esperança forte que nunca morre
Dá-lhes a força para continuar esperando
Povo simples, povo honrado, povo bom
Infiltrados agora por políticos
Que aproveitando a inocência e suas dores
Estão sendo transformados em eleitores...
Livro. N°. 05, Recife,1998
terça-feira, 30 de setembro de 2008
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