terça-feira, 9 de setembro de 2008

Conversa particular...

Reservando hoje aos meus pais a homenagem mais do que simples e justa, sem nenhuma outra motivação, a não ser dar consciência de que existem de fato pessoas que pensam no bem estar das outras sem interesses como retornos, mas apenas para “fazer o bem”.
Meu pai Pedro Augusto Carneiro Leão Sobrinho, médico, idealista...
Operava quatro a cinco pacientes por dia, por dois era remunerado suficientemente para sustentar seu hospital e família grande.
Achando pouco, comprou uma fazenda para doar aos agricultores que se comprometessem estudar cada um ganhando um hectar, ele mesmo pagando a professora que era a administradora da fazenda, cujo nome foi colônia pró-alfabetização de adultos.
Nesta época (1930), convocou 30 jornalistas de Recife, pois morávamos em Garanhuns, cidade na época, primeira do Estado, cerca de 240 km da capital.
Achando pouco, criou com minha mãe Maria Ana M. Carneiro Leão, duas escolas para formar moças em prendas domésticas, o curso durava 2 anos, as matérias eram: culinária, desenho, corte e costura. Todo o material era fornecido, inclusive trajes escolares, os nomes das escolas eram Maria Angélica e Maria Digna, senhoras de famílias tradicionais, cujos parentes ajudavam na época com réis 20 mil (20 mil réis), sendo eu, que ia mensalmente buscar o dinheiro.
Minha mãe e outras amigas eram as professoras, lógico, sem remuneração.
Sem querer falar em política, mas sentindo-me obrigado por estarmos num ano de eleições, informo a todos que tiverem acesso a este blog, que com a finalidade de fazer mais, pois achava que o povo merecia candidatou-se a deputado, tendo nesta cidade apenas “15 votos”!!!!
Quanto aos comentários e juízos, deixo a cargo de cada um sabendo hoje como são diferentes as opiniões em cada indivíduo e como cresceram as necessidades, colocando esta verdadeira luta pela subsistência para a maioria que continua estando presente no tão falado “povo” que parece aumentando, provocando também violências e contravenções que naquela época nem existiu.

3 comentários:

Anônimo disse...

uma história de vida incrível, é
realmente impressinante como a mais de 70 anos atrás um homem tenha tido idéias e ideais tão atuais, uma pena que algumas coisas não mudam mesmo com o passar dos tempos, o povo continua a não reconhecer o que realmente é bom, continua a não dá valor nas melhores coisas e continuam persistindo no erro...

Letícia - PR

Anônimo disse...

Que Linda história Meu Vó!
Mais que incrível!!!!
Um verdadeiro orgulho!

Anônimo disse...

Pôxa, Tio Moacir, não sabia dessas histórias de nosso avô. Linda. Obrigada por nos estar informando de uma maneira tão singela.
De fato, o mundo hoje está complicado e cada vez mais o povo se perde....
Com carinho, sua sobrinha Luciana Carneiro Leão