quinta-feira, 23 de abril de 2009

Tempo e Vida...

Como nos casamentos, mais um na natureza, sem nos levar a novos conhecimentos úteis, há não ser jogar conversa fora, dando " Tempo ao Tempo".
Iniciando depois de um tempo vem a vida, nascemos, aí começa o tempo sempre presente no tempo...
O tempo responsável pelos calendários pelas horas, minutos e segundos, marcando nosso tempo,tão escasso para uns que não tem tempo para nada, enquanto outros aposentados como"eu" tempo sobrando para falar até do tempo , até que termine nosso tempo, levando com ele nossa vida...
Será que depois desta há vidas de outras maneiras, acompanhadas por tempos diferentes deste nosso tempo que conhecemos?
Icognitas; mas sempre juntos tempo e vida.
Algum tempo perdido lendo bobagens sobre o tempo e a vida, algumas tão cheias de tudo e outras tão vazias como o nada, lembrando texto passado que escrevi sobre Tudo e o Nada...
Besteiras, Tudo, Nada,Tempo, ( *cuidado*) VIDA.

9 comentários:

Anônimo disse...

Como sempre Sr. Moacir o Sr. trás temas e textos maravilhosos, eu gosto muito do estilo do sr. por que faz com que as pessoas possam refletir e indagar sobre diversar questões, como sempre faço e para não perder o costume colocarei um texto sobre o tema que achei muito bom.
Sobre o tempo que passa...
Quisera parar o tempo que passa e dar velocidade ao tempo que parece não passar. O que parece não passar é um tempo de significado dessemelhante ao que se mostra tão fugaz. E o que é fugaz no tempo que passa é o desejo de vê-lo se eternizar. Assim, tempo e eternidade parecem estados opostos, embora nem sempre o sejam. Uma eternidade pode durar para além dos tempos, mas não existe senão a partir da consciência temporal acerca do tempo transcendente.
Na obra Pais e filhos, Turgueniev, um escritor russo do século 19 escreveu: “O tempo, que freqüentemente voa como um pássaro, arrasta-se outras vezes que nem uma tartaruga; mas, nunca parece tão agradável como quando não sabemos se ele anda rápido ou devagar”. E o que é agradável no tempo que passa é viver o agora como um presente; não extirpar da memória o passado e não atropelar o tempo vindouro.
Esperar o tempo passar para ver no que vai dar é uma desatenção ao tempo que conduz a vida ao seu ocaso. O fato de querer que ele não passe, poderá ser expressão de uma simbiose de satisfação com sofrimento. Satisfação pelo que o tempo proporciona que se viva e sofrimento advindo do medo que o tempo trará contratempos, ou seja, tempos pouco recobertos ou de todo descobertos de alegria, beleza e sentido.
Mas, o que fazer, então, com o tempo que passa? Parar no tempo ou pretender que o tempo pare? Em qualquer tempo que faça isto é, respectivamente, uma fatalidade e uma impossibilidade. Infeliz de quem pára no tempo recolhido no seu pequeno mundo. Parar no tempo é tornar-se substancialmente velho e ultrapassado. Os velhos não são os que atravessaram muitos tempos, senão os que se deixaram consumir pelo tempo sem nada de consistente sonhar, desejar, semear e construir.
Querer parar o tempo é pretensão desvairada porque o cronos não se dobra aos humanos desejos. Ele é (existe) enquanto passa na medida exata de suas horas, minutos e segundos. E enquanto o tempo passa – muitas vezes alheio à nossa vontade – é salutar dar-nos conta que nossa constituição é de seres passantes e desejantes de eternidades.
Dos emergentes desejos, alguns são efêmeros e outros, ao tempo, se fazem resistentes. Desejar só por um pouco de tempo o que o tempo não deveria dissipar pode significar perda de tempo. Desejar por muito tempo desejos “indesejáveis” será ainda menos edificante. Como portar-se na esfera do tempo que passa? Nesse ponto, é interessante o alerta do psicanalista alemão Erich Fromm: “O homem moderno pensa perder algo – tempo – quando não faz as coisas depressa; entretanto não sabe o que fazer com o tempo que ganha, a não ser matá-lo”.
É impreterível cultivar desejos, princípios e práticas de humanidade em tempos de crescida desumanização. É essencial e inadiável imbuir-se do desejo de viver outros tempos, no preciso tempo em que estamos vivendo. Tempos de cuidado superando a destruição; tempos de solidariedade vencendo o individualismo; tempos de vida com ética suplantando a frenética produção da morte; tempos de exclusão substituídos pela tão sonhada igualdade; tempos menos “carregados” para vivermos mais aliviados...
Viver sem tais desejos é o mesmo que morrer para a possibilidade de novos tempos. Viver só no desejo é, no mínimo, alienação. Enquanto o tempo passa não podemos perder a chance de inventar outros caminhos para tornar viáveis nossos sonhos mais profundos; aqueles que o tempo não pode apagar. É preciso aproveitar bem o tempo. Vivê-lo e vivificá-lo em vista da mais plena felicidade. Ser feliz é constante busca de todas as mulheres e homens em todos os tempos!
Abs.
Antônio M.

Anônimo disse...

Gostei,exatamente isso sem contar com aquelas pessoas que ainda desperdiçam o tempo com o que não presta.

Leticia (PR) disse...

As quatro coisas que não voltam para trás, a pedra atirada, a palavra dita, a ocasião perdida e o tempo passado.

Leandro disse...

O homem que tem coragem de desperdiçar uma hora do seu tempo não descobriu o valor da vida.
"Charles Darwin".

Petro disse...

As besteiras são tão bonitas quanto as coisas menos belas.

Marina disse...

Passa o tempo passa
e nós cheios de dúvidas da melhor forma de curtir o tempo em certas situações...
dilemas e dilemas!

Unknown disse...

Puxa amei, simplesmente lindo adorei moacir

Anônimo disse...

Esse texto que o (Anônimo) Antõnio M. escreveu para o senhor Moacir: "Sobre o tempo que passa", é de um grande e querido amigo meu, Dirceu Benincá.
De todos os seus grandes escritos esse é o meu predileto.
Recomendo...
Grande abraço
VPinheiro

Jacinto Armando disse...

Gerimos um emprendimento para ter uma longa vida e na gestao e preciso o tempo. Entao tempo e vida.