terça-feira, 21 de abril de 2009

Crenças,Virtudes,Educação

Sei que os assuntos são polémicos, e muitos estudiosos especializaram-se profundamente.
Apenas como leigo visito sem pretensão de influir, mas, convicto de suas utilidades para uma vida mais tranquila, atrevo-me dar uma opinião de maneira não odsessiva de cultiva-las.
Sobre as crenças e suas finalidades observando-as, todas querem a perfeição e notamos que seguindo seus mandamentos conseguiremos ,contrariando instintos materiais, ser Santo, o Céu ou um espirito iluminado.
Baseado nisto não concordo com os pagamentos de dízimos que torna-os ricos e poderosos, opressores e muitas vezes usufruindo delas, para satisfazerem seus maus instintos esperando o perdão por eles mesmo dado, desde que haja arrependimento.
Para ir para o Céu precisamos ser frequentadores de igrejas, cultos ou sessões, ser bom e fazer o bem apenas, não basta, temos que contribuir de alguma maneira.
Concluindo peço perdão aos leitores do nosso blog, pelo atrevimento de expor pensamentos em assuntos tão delicados.

4 comentários:

Ciro disse...

Voce mais uma vez abordou um assunto polemico com maestria,colocando agente para refletir sobre o assunto, concordei com tudo que voce falou porém temos que nos apegar a alguma coisa senão fica mais dificil.

Luis (Manaus) disse...

Voce tem o poder da palavra,e mais facilidade para falar facil entendemos tudo com rapidez,sem marmelada, agente sente honestidade,pureza de alma, coisas que estão faltando para essa humanidade podre. até breve

Petro disse...

Mais que preces, mais que poemas, a sua inteliência reverbera opondo-se ao mal e na busca da tal felicidade.

Anônimo disse...

Concordo com o colega Ciro quando diz que o sr. mais uma vez abordou um assunto polêmico com maestria.
De fato a questão da religiosidade e tudo o que diz respeito a ela é muito complicado e cada um tem a sua forma de pensar e aceitar.
portanto gostaria de compartilhar com o sr. um estudo feito sobre o dízimo, não para tentar persuadir a sua forma de pensar... mas, apenas para compartilhar algo que li e achei interessante. é uma discussão Sobre o Dízimo escrito por um também Antônio, o Sr. Antonio J. Tolissano.

O Que é Dízimo?
A primeira vez que o dízimo aparece nas escrituras é em Gênesis 14.17-20 quando Abraão da o dízimo a Melquisedeque, rei de Salém (Jerusalém).
Em Números 18.24 observamos que o dízimo passa a ser um preceito da Lei de Moisés. Passa a ser um pacto entre Deus e os israelitas; Deuteronômio 12.6-17.
Em nenhum lugar do Novo Testamento vemos a ordenança do dízimo.

Para que Serve?

O dízimo nasce quando Israel está no sistema tribal, como vimos à cima.
Em Deuteronômio 14.22-29 vemos o que realmente Deus queria com o dízimo.
Do versículo 22 ao 26 Deus deixa claro que o dízimo é uma porção dos bens para celebração festiva na presença do Senhor. O próprio dizimista usa o dízimo para celebração de uma festa em alegria ao Senhor.
Nos versículos 27-29 entra a parte exclusiva dos levitas, note que o mantimento dos levitas era doado de três em três anos.
Em Deuteronômio 26.1-15, essa lei é aperfeiçoada, não só os levitas, mais é ordenada a distribuição também aos estrangeiros, órfãos e viúvas. Repare que o dízimo que Deus instituiu era para incluir, trazer comunhão e gerar solidariedade entre as pessoas; e não trazer terror como muitos fazem hoje nas igrejas. A classe que cuidava da celebração e culto em Israel (os Levitas), também eram protegidos pelo dízimo como vimos acima e em Números 18.21.

O Dízimo depois da Monarquia
O propósito do dízimo começou a se modificar na monarquia israelita, mais precisamente com o rei Davi. Em 2 Samuel vemos Davi deslocar a arca para Jerusalém (capítulo 6). É com Davi que nasce o tributo em Israel, antes não havia impostos.
É também Davi que idealiza um Templo para a adoração ao Senhor, plano que é concretizado por seu filho Salomão 1 Reis 6.37. Isso acarretou numa distorção da função do dízimo, que passou a ser uma obrigação para que se mantivesse o templo com seus sacerdotes e levitas. A figura do templo foi cada vez ficando mais forte, desaparecendo assim a principal função do dízimo que era de comunhão e solidariedade como vimos acima. Leia Neemias 10.38; 12.44; 13.12.

O Livro de Malaquias
Como sabemos, muitos usam o livro de Malaquias como base para exigir o dízimo hoje na igreja, mais qual era o contexto na época de Malaquias?
No contexto de Malaquias, o dízimo tinha algumas funções vitais. Conforme a tradição oficial, o Templo era elemento importante para integrar o povo e lhe dar unidade. Aí se fazia o culto, se dava ensinamento, se ofereciam sacrifícios. A manutenção do Templo e dos seus funcionários dependia do dízimo, objetivo esse muito diferente da origem do dízimo como já vimos acima.
O templo também passou a ser uma espécie de depósito. Guardavam-se as sementes para a próxima semeadura. Os agricultores faziam a troca do produto colhido por sementes selecionadas para o plantio. Mas pouco a pouco esse serviço foi se tornando uma força de coerção e exploração do Povo. Como?
O preço das sementes, guardadas nos santuários para o plantio, foi ficando desproporcional com o produto exigido em troca. Começa a acumulação. A ideologia para alicerçar o negócio, ou a troca, era que Deus daria a chuva para a plantação, na proporção das ofertas feitas (3.10-12). A chamada teologia da retribuição, que no fundo consolida o sistema feito de culto, dízimo, lei do puro e impuro. Essa teologia criou uma imagem distante de Deus, que intervinha na história só para castigar ou premiar (Deuteronômio 7.9-11).
Alem das mulheres, os mais atingidos pela lei do puro e impuro eram os pobres, os doentes e os deficientes físicos. Eles se tornaram cada vez mais marginalizados, porque não tinham condições de pagar o dízimo e oferecer os sacrifícios conforme estava prescrito. Perceba como está distorcido o dízimo.
O templo era o centro de purificação e banco de arrecadação. Na época da comunidade de Malaquias, o templo, além de executar tais funções, ainda era o lugar de câmbio do produto camponês em moedas persas, para pagamento de tributo ao império. Portanto, o templo era instrumento de empobrecimento e opressão do pobre que a comunidade de Malaquias defendia.
O que era para ser inclusão virou exclusão, o dízímo passou a ser um negócio lucrativo, bem parecido com que vemos hoje em dia.

O Dízimo e a Igreja
Por tudo que foi dito acima fica bem claro o papel do dízimo. Primeiro, o dízimo foi instituído na Lei. Estamos na graça, Romanos 10.4. Segundo, os sacerdotes levitas foram os únicos autorizados por Deus, de receber o dízimo; 2 Crônicas 31.5-6 e 2 Crônicas 31.12. Terceiro, o dízimo não era para comprar piso, cadeiras, pagar luz ou comprar mesa de som, mais sim para celebrar uma festa do próprio dizimista e de três em três anos socorrer os levitas, estrangeiros, órfãos e viúvas.
O dízimo faz parte da lei, se nós temos que cumprir o dízimo, então temos que praticar toda a lei, e não fazemos isso. Esse procedimento gera maldição, leia Gálatas 3.8-14.
Outro ponto polêmico é a questão dos levitas. De acordo com as escrituras, esse sacerdócio foi extinto para que outro sacerdócio fosse levantado, segundo a graça, leia Hebreus 7.11-12.
Não existe dízimo no Novo Testamento, o que existe é a oferta voluntária. Leia 1 Coríntios 16.1-4. Você é livre para contribuir com, 10, 1000 ou 0%. Cristo nos libertou, creia nisso, leia 2 Coríntios 5.14.
E um ponto muito importante, sempre que se fala em oferta no novo testamento, voltamos ao plano original de Deus, socorrer os necessitados, nunca construir Templos ou manter pastores barrigudos, leia Atos 4.32-37; 2 Coríntios 8.16-9.6; 9.7-13.
É muito simples entender tudo isso, só que não há o devido interesse em explicar essas coisas por motivos óbvios, espero que tenham entendido, graça e paz.
Abs.
Antônio M.